06/03/12

DOUTRINA CATÓLICA SOBRE O PAPA (I)

"O Papa é o chefe supremo da Igreja universal. Tem potestade directa sobre os Bispos, Sacerdotes e Fiéis. Exerce a tripla potestade, legislativa, executiva e judicial na Igreja, que por vontade de seu Divino Fundador, é uma instituição monárquica.

Alem disto tem ainda uma qualidade, da qual carece qualquer outro homem na terra: é infalível quando se dão certas e determinadas condições. para que um pronunciamento pontifício seja infalível o Papa deve:

1) Falar como Supremo Doutor e Pastor da Igreja [universalidade];
2) Definindo uma doutrina;
2) Em assunto de Fé, Moral e Costumes;
4) Obriga a todos [obrigatoriedade].

O Papa, ao ser Vigário de Nosso Senhor Jesus Cristo tem como missão ser inteiramente fiel à doutrina do nosso Divino Redentor, transmitir o Depósito da Fé, o que está encerrado na Tradição e nas Escrituras. pois é dogma de Fé que a Revelação pública ficou encerrada com a morte do último Apóstolo. Nada se pode agregar a este sagrado depósito, somente se pode explicá-lo no decurso dos século. Por isto, quando a Igreja define um novo dogma, não inventa nada, mas apenas que precisa uma verdade sempre transmitida na Tradição ou contida nas Escrituras.

O Romano Pontífice é o pai comum de todos os fiéis, os quais devem rezar por Ele. A liturgia católica assinala-nos uma oração admirável pelo Vigário de Jesus Cristo: "roguemos por nosso Pontífice Bento XVI, para que Deus o conserve, o vivifique, o torne feliz na terra e não o deixe cair nas mãos dos seus inimigos".

Pois o Papa pode cair nas mãos dos seus inimigos, que são inimigos seus enquanto inimigos da Igreja. Ou seja, comunistas, socialistas, maçons, liberais de toda o tipo dos quais está infestado o planeta e, receamos muito,  também no Vaticano. O Papa também pode cair nas redes do inimigo maior, Satanás, enganando-se ou incorrendo em pecado. Nunca a Igreja ensinou que o Sumo Pontífice fora omnissapiente ou impecável [o que não peca], e só é infalível quando se dão as circunstâncias já assinaladas, ou se reafirma uma doutrina universalmente ensinada pela Igreja em todo o tempo e lugar. Um erro do Papa - pior se recair em matéria de Fé ou moral - pode ter consequências terríveis, pois os meios de comunicação, nas mãos dos inimigos de Deus, difundem-no igualmente como se fosse a voz da Igreja. Ou seja, propaga-se uma confusão sobre o que há de acreditar-se ou fazer-se, sobre o que é correcto e o que é errado, Chega-se a chamar bem ao mal e mal ao bem.


Mas ainda que os Papas caiam em erro, os fiéis devem-lhes guardar respeito e a veneração devida, mas sem segi-los no erro. Alguns dizem: "prefiro enganar-me com o Papa, que estar em verdade contra Ele". Esta frase de falsa piedade circula muito hoje em dia. Mas meditando um pouco a respeito do que Nosso Senhor disse: "Eu sou [...] a Verdade" (João, 14,6), a sentença de piedade aparente começa a parecer suspeitosamente a seguinte: "prefiro estar com o papa do que estar com Jesus Cristo". o que evidentemente fere o ouvido de quem tenha amor a Deus.

(continuação, aqui)

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