19/11/12

A VERDADE E O EVOLUCIONISMO (XIII)

(continuação da XII parte)
"A ciência deve, portanto, começar com a crítica aos mitos" (Karl Popper)

A SELECÇÃO NATURAL

Direi de outra forma: os indivíduos mais "aptos" têm maior descendência. E porque têm maior descendência? Porque são mais "aptos"... A tautologia é óbvia. Tão óbvia que até alunos darwinistas (Waddington, por exemplo) deu conta. Assim é!

A razão da Selecção natural darwinista não se poder definir com mínimo rigor sequer (nem definir, nem observar, nem determinar a intensidade da sua acção, nem produzir os seus efeitos) deve-se a que ela, na verdade, não existe. Trata-se apenas de uma metáfora para dizer que alguns indivíduos  vivem mais que outros (...grande novidade...) e, em princípio, tem maior descendência.

Como? A Selecção Natural é uma metáfora? Quem se pode atrever a proferir enorme blasfémia? Ora essa... é o próprio Darwin quem o disse no "A Origem das Espécies", no quarto capítulo! E ali reforça dizendo: "no sentido literal da palavra, a Selecção Natural é um falso conceito".

Como se constata, Darwin não era tão "darwinista" como os seus seguidores. O que passa é que os darwinistas crêem em Darwin, mas não lêem o que escreveu. E isto não é uma exepção, caro leitor. Isto é uma constante do ser humano. Quantos marxistas leram Marx? Quantos liberais leram Rousseau? Quantos cristãos leram a Bíblia [ou a ouvem ler]?

Os cientistas anti-darwinistas os leitores atentos de Darwin.Os darwinistas somente crêem no que respeita a Darwin.

Mesmo assim, tomando a expressão "Selecção Natural" em sentido metafórico, como uma "casa" (que na verdade não existe) que explicaria "a sobrevivência dos mais aptos", repare, caro leitor, que o resultado é exactamente oposto ao que os evolucionistas supõem. Porque a ser assim, a Selecção Natural favoreceria, por exemplo, a sobrevivência dos "melhores" macacos; ou seja, faria que os macacos fossem cada dia mais macacos, mas não menos macacos e mais homens! Um disparate.

O que creio suceder relativamente a este ponto, é que em muitos investigadores subjaz, talvez em forma inconsciente, a íntima convicção - produto de crenças antigas - de que o homem é um ser superior ao macaco; ou seja, mais "evoluído", mais "perfeito". Mas do ponto de vista meramente biológico, isto não é certo. Para nada!

(continuação, XIV parte)

Sem comentários:

TEXTOS ANTERIORES