15/12/12

A VERDADE E O EVOLUCIONISMO (XVI)

(continuação da XV parte)
"A ciência deve, portanto, começar com a crítica aos mitos" (Karl Popper)

AS MUTAÇÕES


Mas, então as mutações? O código genético pode ser alterado por mutações, ou não? Perguntar-me-ia algum dos leitores.

Pois…! as mutações… Este é outro dos “mantras” sagrados do darwinismo (na verdade, do neo-darwinismo). Tal “mantra”, juntamente com a Selecção Natural, explicaria também a origem de todos os seres vivos; mas com a condição acostumada: não analisá-lo cientificamente.

Do ponto de vista científico, as mutações são alterações na composição química dos genes, dadas ao acaso, ou seja, dadas na muito complexa molécula do ácido desoxirribonucleico (ADN), onde está codificada a informação hereditária.

Pois bem, numa estructura altamente complexa qualquer mudança ao acaso tende inevitavelmente a deteriorá-la. Contrariamente, para melhorar tal estrutura, tal mudança teria de ser capaz de aumentar-lhe a ordem; e o acaso – por definição – não pode melhorar nem criar ordem. Só uma inteligência poderia fazer aquilo.

Por este motivo 99% de centenas de milhar de mutações estudadas foram daninhas, prejudiciais, deteriorantes ou letais. No melhor dos casos, verificaram-se neutras, ou por que o "gene alelo” (aquele gene que vem de outro seu progenitor) supre a função do muito danificado pela mutação, ou porque a mudança foi insignificante e não afectou a vitalidade do organismo.

As mutações supostamente “favoráveis” das quais falam alguns cientistas, não são quase nunca mutações verdadeiras; são sim, e apenas, manifestações da vitalidade genética própria de qualquer organismo, e que faz com que, em determinadas circunstâncias, se expressem genes que já estavam presentes – ainda que silenciados – porque o seu funcionamento não era até então necessário.

Mesmo no caso de que existissem mutações favoráveis nada aproveitariam. Pois a hipótese evolucionista necessita necessariamente, não de mutações favoráveis, mas sim de transmutações! Portanto, mutações criativas, capazes de produzirem novidades biológicas (olhos, penas, sangue quente, etc.), que expliquem a aparição das distintas espécies biológicas, desde a ameba ao homem. E isto sim é uma pura fantasia; e fantasia disparatada, irracional e anticientífica.

A impossibilidade de que as mutações (agindo ao acaso) não possam produzir um novo órgão sequer, deriva fundamentalmente do seu carácter prejudicial e da sua escassa frequência. Ademais, para poder transmitir-se à descendência, tem que afectar as células germinais e ser dominantes, ou seja, prevalecer sobre o gene alelo, para ter algum efeito. Todo isto diminui ainda mais a sua frequência.

Mas há outro problema; para que aparecesse um novo órgão, as mutações “criativas” (que são, como vimos, apenas imaginárias; as que a ciência conhece são todas deteriorantes ou sobretudo neutras) teriam que encadear-se e integrar-se num mesmo segmento do cromossoma para poder juntar-se e dar origem, assim, a um novo órgão, que não seria produzido pela acção de uma mutação, mas sim de milhares. Para produzir um olho, por exemplo, todas as mutações teriam que afectar o conjunto de genes que regem esta função. Pois bem, isto coloca uma absoluta impossibilidade estatística, que foi exaustivamente analisada por autores assemelhados a E. Borel, C. Guye, Lecomte du Nöuy, G. Salet e outros.

(continuação, XVII parte)

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