05/01/13

D. ESTÊVÃO BETTENCOURT - A DECADÊNCIA APOLOGÉTICA III



S. Tomás de Aquino
(continuação da II parte)

Será que o autor recorre à Doutrina da Igreja, ao Tomismo, aos Santos Doutores da Igreja para fim de comparar e julgar? Será que recorre ao senso comum e aos textos do Concílio Pastoral tomando-o como tabela Doutrinal?

O “O Caso Lefebvre” distribui-se desta maneira: Em síntese, D. Lefebvre: a pessoa e suas ideias, Reflexões, Conclusão.

O artigo foi para mim uma surpresa logo desde a primeira página. Tão emaranhado de irregularidades e tão carente de argumentação que se me coloca um sério problema metodológico:  Como abordar um texto que, para lá de ter tantos e variados erros, é ele mesmo um desatino? E como se explica que o seja, vindo de quem vem?


I
JUÍZOS ESTRANHOS TORNADOS PREMISSAS FUNDAMENTAIS

Logo nos primeiros passos, lamentavelmente, o autor alarma os seus leitores com falsa e grave notícia: teria havido um cisma com as Sagrações Episcopais dos Bispos da FSSPX (as quais chama de “ordenações”). O motivo das Sagrações, o qual leva à impossibilidade canónica das supostas excomunhões, fica assim ocultado ao “fiel alvo”.

Tamanha omissão falseia toda uma perspectiva.

D. Estêvão, tendo lido obras e sermões do Arcebispo D. Marcel Lefebvre, não não teve cuidado e justiça em apresentar aos leitores os motivos e enquadramento canónico que dão por inexistentes tais “excomunhões”. E este é um ponto FUNDAMENTAL, incontornável, que, sendo omitido, suja a opinião pública face ao bom-nome de D. Marcel Lefebvre. O autor chega assim a um extremo desconcertante, e custa a crer que ignore que, para tratar a vida e obra de outrem, tenha de recorrer às fundamentações e convicções expressas de outrem.

Só por si, sem mais, a apresentação e explicação dos motivos de Mons. Lefebvre a respeito das excomunhões seriam suficientes para anular este “O Caso Lefebvre”. Supondo que o autor, por ignorância, acreditasse ter havido um cisma, porque se preocuparia então em em redigir páginas bastando dizer que os cismáticos não são católicos, não se podem salvar nem podem ser seguidos pelos católicos? Não teria assim bastado um parágrafo em substituição de uma tese que PULA justamente a questão em torno do “cisma”?

(terá continuação s.D.q.)

Sem comentários:

TEXTOS ANTERIORES