19/11/13

WASHINGTON INTERESSADO EM ANGOLA E MOÇAMBIQUE

Este artigo que transcrevo do Correio da Manhã (escrito por Gonçalo Curião) faz sequência com os outros dois seguintes. Agradeço a quem me enviou os artigos.



SALAZAR RECUSOU OFERTA MILIONÁRIA PARA VENDA DOS TERRITÓRIOS DE PORTUGAL

"Na década de 60, os Estados Unidos fizeram uma proposta de centenas de milhares de dólares a Portugal, a troco da independência das províncias ultramarinas.

A reposta do Presidente do Conselho Prof. DR. António de Oliveira Salazar foi: "Portugal não está à venda".

Esta como muitas outras "revelações foram feitas por Witney Schneider, ex-resposável norte-americano pelos Assuntos Africanos, no seu livro "Engaging Africa: Washington and The Fall of Portugal's Colonial Empire".


O caso remonta a 1963, quando o ex-Presidente do Conselho rejeitou a referida oferta, num encontro com um enviado americano - relata Witney Schneider, antigo vice-secretário de Estado adjunto para os Assuntos Africanos na administração Clinton.

O livro foi elaborado com base em documentos oficiais e dezenas de entrevistas com personalidade americanas e portuguesas.

Segundo Schneider, Paul Sakwa, assistente do vice-director de planeamento da CIA elaborou em 1962 o "Plano Commonwealth", que defendia nomeadamente uma autodeterminação para Angola e de Moçambique, após um período de transição de oito anos, durante o qual Portugal seria compensado com cerca de 500 milhões de dólares.

Em Agosto de 1963, o diplomata americano Chester Bowles encontrou-se com Salazar e duplicou a proposta: durante cinco anos, os EUA depositariam nos cofres portugueses cerca de mil milhões de dólares. Porém, a oferta esbarrou na intransigência de Salazar na defesa de Portugal.

Schneider adiantou ainda que tanto Eduardo Mondlane, Moçambique, como Holden Roberto, Angola (FNLA), foram durante anos apoiados financeiramente pela CIA.

No período em questão, o governo americano apoiou financeiramente e lidou estes movimentos terroristas destas duas províncias ultramarinas portuguesas, ao mesmo tempo que mantinha relações diplomáticas com Portugal."   (Fonte: Longe é a Lua)

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