16/03/17

DISCUSSÃO - NOVO PEDITÓRIO "MONÁRQUICO" À REPÚBLICA


Corre uma petição pública para alcançar da República-em-Portugal uma lei que inclua o Chefe da Casa Real Portuguesa nos protocolos de "estado" republicano...
 
É o delírio!
 
50 personalidades encabeçaram a petição aos republicanos.
 
Sobre uma publicação desta notícia, transcrevo os comentários (nomes fictícios):
 
- Souto Motta: Só assino quando D. Duarte deixar de falar do Dr. Oliveira Salazar pois a Família Real deve muito ao próprio.
 
- Mário Beleza: O protocolo de Estado, só pode ser composto por elementos pertencentes a órgãos eleitos em voto em urna. Duque de Bragança, não é eleito por voto Popular.

- Pereira Ourém: A república é OCUPANTE. Portugal é monarquia ocupada. Custa entender isso?

- Mário Beleza: Pereira Ourém, dar ao tempo, o que é do tempo. Brasil, Angola, Guiné, Moçambique, Cabo Verde, Índias. Eram territórios da Coroa Portuguesa, "República", Portugal e ilhas. O que se pretende, viver o passado histórico?
 
- Pereira Ourém: Mário Beleza, não é passado. Portugal é um reino ocupado pela "monarquia liberal" desde 1834, e pela república desde 1910. A sua história, Mário, começa sempre no último golpe, o qual LEGITIMARIA a si, e faria da realidade oprimida uma peça de museu? Se sim... VIVA A REPÚBLICA, e extinga-se de vez a Casa Real. Ora essa!
Agora o mais lindo:
a) Não haveria que pedir muito para que os liberais do séc. XIX admitissem que o sistema imposto por eles não era o de Portugal, e que D. Pedro não era realmente o legítimo.... Porque, eles mesmo chegaram-no a admitir.
b) Não haveria que pedir muito para que os republicanos do séc. XX admitissem que o sistema imposto por eles não era o de Portugal, e que assassinar é crime. Porque eles mesmos o chegaram a admitir.
O problema são afinal os maus monárquicos que não admitem sequer os males que aqueles outros seus INIMIGOS admitiram deles mesmo. Portugal é uma casa duas vezes ilegitimamente ocupada.... ADMITAM que isto é, portanto... PRESENTE, e não passado.
A Casa Real, essa não é passado?
Mais uma pergunta: como é que a República vai decidir nas possíveis disputas de sucessão na Casa Real? Iria usar o critério tradicional da Monarquia Portuguesa (antes de 1834), iria usar o critério da ilegítima "monarquia liberal em Portugal" (depois de 1834), ou iria usar outro critério qualquer mais republicano e democrático?
Imagine que D. Afonso se converte ao Islamismo (Deus nos livre). Segundo a nossa tradição, não sendo católico não pode ser Rei, porque nem português seria; enquanto que a República dá "nacionalidade" a mouros e judeus que provem que seus antepassados moraram em Portugal!!!!! Veja, veja. Veja o aspecto monstruoso da misturela.
Não brinquem... Correm contentes e felizes, tolinhos, para a boca do lobo! Ri-se a maçonaria, ri-se a sua república, riem-se os espanhóis, ri-se a liberalice toda.

- Mário Beleza: Pereira Ourém, seguindo esse raciocínio ,toda a Europa era Monarquia. Na História das Monarquias, a Coroa era muitas vezes usurpada pelos familiares, o Rei legitimo estava muitas vezes com a cabeça em risco.

- Pereira Ourém: Mário Beleza, diz bem, a coroa USURPADA ao rei LEGÍTIMO. É isso mesmo. Quanto ao "meu raciocínio" é copiado do "pensamento católico", "tomismo", o pensamento europeu, o pensamento da nossa CIVILIZAÇÃO. Segundo ele é que é possível dizer que aquele rei USURPOU, e que aquele rei é LEGÍTIMO.
Sim... a Europa foi gradualmente OCUPADA pela onda iluminista-liberal-maçónica, que foi usurpando os Reinos por inteiro, sendo o último resistente o de PORTUGAL (1834). Ou não lembra que o intuito da Maçonaria era derrubar o TRONO e o ALTAR (o Trono, entenda-se, em toda a Europa).
Sim ... hoje tem uma UE, que mais deveria ser chamada de Comunidade Deseuropeia.
Por fim... temos a super-banca a jogar com tudo isto. Sabe que D. Pedro IV comprou a vitória à banca Rothschild, e a Mendizabal? A maior dívida da nossa história tinha sido essa... a dívida liberal (hoje a republicana), tão crua e terrível que até as ordens religiosas foram sacudidas e proibidas. Vejam-se as sessões constitucionais, as medidas que eles queriam tomar, e as que tomaram, e que o rei ali não mandava NADA. Etc...
Sim, a Europa é Cristã, formada por Reinos legítimos ocupados por malvados, e por ingénuos herdeiros desta monstruosidade (como fomos educados). Quem nos "educa"? Os vencedores, que contaram a "história", tendo de denegrir os honrosos Reis por eles derrotados, e elevar a heróis os criminosos que até hoje são colocados nas praças.

- Mário Beleza:  A sua razão leva-me a concluir que, só aprova uma parte da História. Antes do Reino de Portugal. Era Condado, antes era, Visigodos e outros que tais, seguindo nesta linha chegamos ao tempo de "Abraão" que é o modo de Governos ainda hoje reinante em zonas do médio Oriente, pelos Talibãs   Caro amigo: o Mundo evoluiu! A História é só passado e Portugal não está no centro do Mundo e não é exemplo para o Mundo moderno.

- Pereira Ourém: Mário Beleza, não há parte da história que eu tenha colocado fora. Quando falamos de PORTUGAL, estamos a falar de um REINO, e não do Condado, ou do Reino dos Visigodos e Suevos, nem de Abraão. O assunto é, e é mesmo, somente, PORTUGAL, que foi fundado. Não há data de fundação da MONARQUIA em PORTUGAL, ma sim de Portugal.
Evoluir? E onde fica então a "Casa Real" afinal!?
Poupe-me de lhe repetir o que está dito: Portugal ser uma MONARQUIA não é passado, é presente. Quer tentar refutar isto?

2 comentários:

VERITATIS disse...

Vejam que coisa tão linda: Uma petição para tornar D. Duarte representante oficial da República. E dizem estes "monárquicos" que isto é prestigiante para a Monarquia. Que Deus lhes dê mais juízo.

anónimo disse...

Caro Reaccionário,

os mesmos que falam das graças no tempo do Estado Novo, podem começar a reparar numa delas: a extinção da ilegítima linhagem (D. Pedro IV em Portugal) e volta da ofendida e legítima (a de D. Miguel).

D. Duarte corre o risco de perder a legitimidade ao Trono se adopta a postura liberal, constitucional, democrática e até mesmo republicana. Pois não lhe compete afrontar o legítimo sistema com a invenção de outro.

A Causa Monárquica em torno de D. Duarte é declaradamente liberal, e disso alguns se contentam. Que sejam os ilegítimos a fazer sistemas, e erros tão graves, mas não os legítimos.

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